Composição das Fragrâncias

As denominações Eau de Parfum, Eau de Toilette e Eau de Cologne que sempre vêm no final do nome de cada perfume são muito importantes, pois dizem tudo sobre a concentração da fragrância, ou seja, a sua taxa de diluição no álcool. Desta forma, quem compra a fragrância fica sabendo logo de cara sobre a sua composição, se ela irá ou não durar muito na pele bem como se é ou não importada. Portanto, confira abaixo os tipos de perfume e aprenda a escolher melhor os seus.

Eau de Parfum, entram na categoria de 15 a 25% de concentração de aromas. Eles são um pouco menos potentes do que as fragrâncias Parfum, no entanto, isso não significa que ele é menos eficiente na hora de se fixar na pele. Aliás, essa é a opção mais recomendada para ser utilizada no Brasil, pois não é excessivamente forte, mas é potente o suficiente para quem gosta de usar perfumes marcantes. 

 Eau de Toilette, fragrâncias que contém uma concentração média da essência, de 8 a 15%, fazendo deles opções ideais para serem utilizados durante o dia a dia em qualquer tipo de situação, casualmente e ocasionalmente. A fim de projetar um aroma menos impactante, os perfumistas que criam as fragrâncias Eau de Toilette se inspiram em notas leves e adocicadas como hortelã, limão siciliano, maçã verde e outras notas que se encontram no início e meio da pirâmide olfativa. Em suma, as fragrâncias Eau de Toilette são perfeitas para quem gosta de ficar cheiroso em qualquer situação, hora do dia e estação do ano, mas sem excessos.

Eau de Cologne, delicados e leves, são conhecidos como colônias. No geral, possuem níveis de concentração em óleos de 3 a 8%, e sua durabilidade é mais baixa que os demais. São perfeitas para o dia a dia ou para pequenos passeios. 

Existe ainda o raro, caro e pouco conhecido Perfume Parfum, fragrância que possue a maior concentração de essência de todas as denominações, ou seja, acima de 30%. Eles têm notas predominantemente fortes como patchouli, baunilha, almíscar e entre outras que costumam estar na base da pirâmide olfativa. É tão concentrado que não é aplicado com spray, mas pequenas gotas.

Como podemos ver, existem variados tipos de classificações, e cada um deles consegue refletir e atender uma necessidade diferente. É por este motivo que podemos dizer: o perfume é algo muito particular e sensorial.  

No fim, tudo vai depender do autoconhecimento. Durante a escolha, é importante entender quais estilos melhor combinam com você, levando em consideração a composição das notas e qual necessidade será atendida. Dessa forma, fica muito mais fácil encontrar fragrâncias que transmitam e revelem a sua personalidade, criando uma harmonia cativante e inesquecível.

 

Origem e História do Perfume

Mas o que é o perfume?

É uma mistura de óleos essencias, água e álcool, utilizada para proporcionar agradável aroma. O nome vem do latim per fumun ou pro fumun, e significa "através da fumaça". Nos tempos mais remotos, os homens invocavam os Deuses por meio da fumaça. Eles queimavam ervas, que liberavam diversos aromas; daí o surgimento do nome "perfume".

A arte da elaboração nasceu no Egito transpondo os limites dos tempos e das pirâmides transformando-o em um acessório apreciado pelos ricos mortais, ao invés de ser um privilégio oferecido unicamente aos deuses. Assim, os sacerdotes aos poucos transformaram seus templos em autênticos laboratórios de Perfumes Artesanais. Por volta de 2000 a.C., os primeiros clientes foram os faraós, suas esposas e os membros importantes da corte, que acreditavam no poder sagrado e divino das fragrâncias, atraindo os deuses para perto e garantindo sua proteção. Logo, o uso do perfume se difundiu, trazendo um agradável toque de frescor ao clima quente e árido do Egito.

E foi Cleópatra, conhecida nos livros de história pelos seus luxuosos banhos perfumados, quem eternizou a arte da perfumaria. Sua paixão por perfumes, óleos e banhos perfumados inspirou muitas mulheres a seguir os seus passos e querer marcar o ambiente com o seu cheiro. Nascia ali a eterna relação entre perfume e sedução.

Os egípcios cuidavam muito de sua higiene pessoal, tinham hábito de lavar-se ao acordar, e também antes e depois das principais refeições; além de água, usavam uma pasta de argila e cinzas, a suabu, que era uma espécie precursora do atual sabonete, após, friccionavam o corpo com incenso perfumado.

Na Grécia Antiga, cerca de 800 a.C., os gregos criavam perfumes com fundo medicinal e usavam as mais diversas fragrâncias.

Já o Império Romano, 200 a.C., também contribuiu muito para a expansão da perfumaria, pois consumiam plantas aromáticas de maneira intensa. No século III d.C., Roma tornou-se a capital mundial dos banhos, os quais continham poções aromáticas variadas.

No início, o perfume era à base de ceras, óleos vegetais, gorduras e sabões misturados a ervas. Porém, no século I, com a descoberta do vidro, os perfumes ganharam nova cara, reduzindo sua volatilidade e ganharam formas e cores.

O químico árabe, Al-Kindi (Alkindus), escreveu no século IX um livro sobre perfumes chamado Livro da Química de Perfumes e Destilados. Ele continha centenas de receitas de óleos de fragrâncias, salves, águas aromáticas e substitutos ou imitações para drogas caras. O livro também descrevia cento e sete métodos e receitas para a perfumaria, inclusive alguns dos instrumentos usados na produção de perfumes, ainda levam nomes árabes, como alambique, por exemplo.

O médico Muslim, e o químico/alquimista  Avicenna ''também conhecido como Ibn Sina'', introduziram o processo de extração de óleos de flores através da destilação, o processo mais comumente utilizado hoje em dia. Seus primeiros experimentos foram com as rosas. Até eles descobrirem perfumes líquidos, feitos de mistura de óleo e ervas ou pétalas amassadas que resultavam numa mistura forte. A água de rosas era mais delicada, e logo tornou-se popular. Ambos os ingredientes experimentais e a tecnologia da destilação influenciaram a perfumaria ocidental e desenvolvimentos científicos, principalmente na química.

A partir da Espanha foi introduzido em toda a Europa durante o Renascimento. Mas foi na França, a partir do século XIV, onde se cultivavam flores, que ocorreu o grande desenvolvimento da perfumaria, permanecendo desde então como o centro europeu de pesquisas e comércio de perfumes.

 Perfumes sempre foram sinônimo de magia! 

E alguns, são inesquecíveis ...